Separação conjugal e seus processos

De modo geral, todas as pessoas que decidem se casar ou viver a dois, unirem-se estavelmente, seja o nome que escolhem dar para essa relação, acreditam nesse momento, em um sentimento que sustentará esse processo, com todas as conquistas e percalços intrínsecos nessa decisão. 

E como todo processo, o casamento passa por etapas como início, adaptação, reajustes, planejamento, e pode vir a ter um fim. E se isso acontecer? Como superar? Que consequências esse desfecho poderá trazer?
Problemas financeiros, a criação de filhos, a solidão, ao sentimento de fracasso, são alguns dos problemas e desafios que as pessoas que se separam enfrentam. Por mais que esse tenha sido consensual, muitas vezes, leva um tempo para superarem. Pode-se considerar um verdadeiro luto, pois afinal, o casamento morreu.

Nesse período surgem sentimentos de perda, fracasso, desamparo, abandono, rejeição, medo, insegurança e incertezas, dores físicas (os chamados sintomas psicossomáticos), insônia e ansiedade, que afetam diretamente a saúde integral dos envolvidos. 

É de suma importância poder contar com alguém de confiança, que não esteja envolvido diretamente nesse processo, ter um espaço para compartilhar sua história, seus sentimentos, sem julgamentos, dividir as dores da perda e receber um suporte profissional para ajudá-lo a encarar algumas fases características desse processo e reestruturar a vida para esse novo momento, onde muitos ajustes serão feitos.

Como a separação é um “luto”, esta se caracteriza por fases e a primeira desse processo, é a “negação”, afinal, o impacto da ruptura de uma relação é tão forte, que para defenderem-se de tamanha dor, negam a realidade, agindo como se tudo permanecesse como sempre foi.

Posteriormente, observa-se uma fase envolvida pelo sentimento raiva, a qual pode ser direcionada a ex-parceria e/ou ao mundo todo. Em seguida, se iniciam as negociações. Uma fase complicada, se não administrada com cautela, pois há um risco grande de tentarem “qualquer coisa” para resgatar e recuperar a relação, arriscando uma reaproximação despreparada, trazendo o processo à estaca zero. 

Depois, chega o momento em que compreendem os desejos e escolhas de cada um. E por isso, a tristeza se faz presente de forma intensa, acompanhada com a certeza de que aquela relação realmente acabou. Nesse período, a psicoterapia, acompanhada por um psicólogo da sua confiança, pode constituir um ótimo ponto de partida. Um Homeopata poderá auxiliar a reduzir os sintomas físicos (dores, ansiedades, medos e inseguranças) e equilibrar o emocional, evitando problemas futuros. 

A Psicologia e Homeopatia são meios adequados para fortalecer a pessoa e, também, lhe proporcionar ferramentas para enfrentar com coragem os desafios que virão. Essas terapias auxiliarão no processo de aceitação, ressignificação e reconstrução, trazendo ao indivíduo a capacidade de visualizar um novo e feliz futuro.

Por Cristiane Richter – Psicóloga & Acupunturista e Denise Rauber Hardt – Terapeuta Homeopata, ambas atendendo no Espaço Vida Centro Terapêutico.

Referências Bibliográficas

MALDONADO, Tereza Maria. Casamento, Término e Reconstrução. Ed. Integrare. 8° edição. 2009.
PAPP, Peggy. Casais em perigo: novas diretrizes para terapeutas. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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