Metamorfoses CORPORAIS nos 50 e 50 e poucos anos… Vamos encarar?

ACOMPANHE A TRILOGIA de Cristiane Richter e Denise Hardt
I – Chegando aos 50 ou 50 e poucos anos… Como viver essa fase? (Novembro/2020)
II – Sexualidade sua linda, acompanhe os 50 e poucos anos (Dezembro/2020)
III – Metamorfoses corporais nos 50 e 50 e poucos anos… Vamos encarar? (Janeiro 2021)

Pesquisando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de novembro de 2019, constata-se que a expectativa de vida em nosso país é de 79,9 anos para as mulheres e de 72,8 anos para os homens (arrisca-se pensar que tais dados sofrerão alguma influência pós-pandemia de Covid 19).
Sendo assim, mantêm-se a relevância do tema dessa trilogia iniciada em novembro 2020 com o primeiro texto intitulado “Chegando aos 50 ou 50 e poucos anos… Como viver essa fase?“, depois o segundo texto intitulado “Sexualidade sua linda, acompanhe os 50 e poucos anos”, e agora este, pois afinal essa fase tende a perdurar aproximadamente mais uns 30 anos ou mais e faz-se necessário vivê-la com prazer, melhor e de forma mais saudável possível.
Como se percebeu nos textos anteriores, fatores como educação, saúde, personalidade, nível intelectual global, capacidade mental específica, entre outros, são determinantes para um envelhecimento equilibrado. Para Zimerman (2000), o indivíduo passa por muitas mudanças psicológicas com o envelhecimento, consequente das possíveis dificuldades de adaptação aos novos papéis sociais, falta de motivação, baixo autoestima, autoimagem baixa, dificuldade de mudanças rápidas, perdas orgânicas e afetivas, somatizações, hipocondria, depressões, as quais podem ser acompanhadas pela psicoterapia, que propiciará à pessoa, condições de construir possibilidades para vivenciar essa metamorfose sem danos psicoemocionais.
Mesmo que de formas diferentes, conforme sua cultura, a sociedade como um todo sempre se preocupa com o envelhecimento. Certas pessoas caracterizam o envelhecer como um processo de perda geral das capacidades da vida, outras acreditam numa fase de aumento da vulnerabilidade e do surgimento da dependência familiar. Outras, ainda, reverenciam a velhice como o ponto mais alto da sabedoria, bom senso e serenidade. E percebe-se que todas estas apresentam atitudes que correspondem a uma verdade parcial, mas nenhuma representa uma verdade absoluta.
O convite é para que se encare a realidade e que se busquem meios para fazê-la o mais leve e prazerosa possível.

Todos os que vivem essa fase, compreendem muito bem os sinais de senescência ao observarem-se ao espelho: são os teimosos fios brancos de cabelo que insistem em despontar na cabeça; as linhas de expressão que marcam cada sorriso, cada choro, o condicionamento físico que avisa não apresentar a mesma elasticidade e as mesmas condições que antes…
A homeopatia é um dos recursos que pode ser usado em benefício do equilíbrio e estado geral da saúde, bem como da restituição da beleza. Basta compreender da seguinte maneira, o tratamento homeopático trata o indivíduo como um todo e de “dentro para fora”. Então, ser bonito é ser saudável, a pele e os cabelos bonitos, o bom humor e a disposição são indicativos que os órgãos internos do corpo humano estão em pleno funcionamento e por isso temos saúde, expressão de beleza e a certeza de encarar as alterações neste “corpo cinquentão” de forma positiva.
Aproveita-se que a Gerontologia empresta dois termos importantes, para apresentar como ocorrem essas alterações do organismo humano no envelhecimento: senescência e senilidade, esclarecendo o que se refere ao envelhecimento fisiológico e ao envelhecimento patológico.

Senescência: É o nome utilizado para descrever o envelhecimento fisiológico, ou seja, as alterações que todo ser humano passará durante o envelhecimento. Esse processo é marcado pela diminuição gradativa das funções sistêmicas, mas não há a originação de incapacidades no indivíduo.
Senilidade: É o nome utilizado para caracterizar o envelhecimento patológico, ou seja, as alterações no envelhecimento que afetam o organismo e levam ao desenvolvimento de doenças. Ela pode acarretar a incapacidade funcional. (Shayla Hayashi, 2020.)

Entre as principais alterações no envelhecimento fisiológico está a composição corporal. Sendo assim, cita-se redução de massa muscular, aumento do tecido adiposo, comumente localizado no abdome (para a loucura dos perfis mais vaidosos), pele ressecada, mais frágil e manchada, baixa temperatura basal, necessidade de óculos permanentemente, perda auditiva (induzindo as perguntas: Ãh? Como é que é?); Isso tudo não surge do dia para a noite, contudo, mesmo ocorrendo paulatinamente, ainda há indivíduos que se dizem desprevenidos e despreparados para encararem tais mudanças.

A homeopatia destaca ainda que stress, cansaço, tristeza, depressão, sol em excesso, doenças crônicas, cigarros em outros são fatores tiram a saúde da pele (maior órgão do corpo humano e responsável pela proteção e também para permear e absorver nutrientes), mas o tratamento homeopático pode auxiliar a devolver a vitalidade, sem causar efeitos colaterais. Existe os chamados “sais da beleza” que são sais minerais com o objetivo de ajudar nas funções celulares promovendo maior absorção e aproveitamento dos nutrientes, reestabelecendo o equilíbrio no organismo.
Estes “sais da beleza” são componentes essenciais ao bom funcionamento do corpo e tem várias finalidades, entre elas: constituição da pele e mucosas para crescimento de unhas e cabelos, aumento da resistência mecânica dos tecidos favorecendo a elasticidade, tonificação de músculos e regularização da circulação, entre outros benefícios.
Já citou-se muitas mudanças enfrentadas no corpo humano a partir dos 50 anos, ainda ressalta-se o sistema imunológico que se torna menos protegido dos processos infeciosos; o sistema digestório que enfrenta a troca dos dentes por próteses, o descontrole constrangedor dos esfíncteres, o metabolismo preguiçoso; as alterações cardiovasculares tão comuns; o sistema respiratório que sente certa falta de força das musculaturas inspiratórias e expiratórias; o sistema nervoso que passa por alterações no padrão postural, no equilíbrio, propriocepção, alterações na sensibilidade, entre outros. Além do envelhecimento a níveis celulares dos órgãos que compõe todos estes sistemas.
E não menos importante, mas por fim, citam-se as alterações no Sistema Musculoesquelético… Aquela que gera as dorzinhas ora aqui, ora acolá, que dificultam os pulos e reboladas que a vida sugeri cotidianamente…
Todas essas situações podem ser tratadas naturalmente, observe algumas possibilidades.

A Medicina Tradicional Chinesa com suas inúmeras técnicas auxiliam nesses processos, como por exemplo, a utilização da eletroacupuntura para lombalgias, bursites, tendinites, artrites, etc. A ventosaterapia para as tensões musculares. A aplicação do cone chinês para limpeza e desobstrução dos ouvidos. A acupuntura sistêmica para equilibrar a funcionalidade de cada órgão e cada sistema do corpo, entre outras.
Ter compreensão a cerca do processo de envelhecimento é fundamental para se conhecer e também construir estratégias que propiciem a vivência deste ciclo de vida de uma forma autônoma e qualitativamente positiva. Este desenvolvimento depende das condições genéticas, mas primordialmente dos hábitos que se adquire ao longo da vida.
Conclui-se que os todos os sinais de envelhecimento externos, tão indesejados pelas pessoas, são indicativos de problemas internos, sejam no corpo físico, mental ou emocional. Mas tratando a causa dessas disfunções, bem como adquirindo uma conduta naturalmente saudável, a tendência é o organismo se reequilibrar, tornando-se saudável também e por consequência amenizando muitas das queixas estéticas típicas dessa faixa etária.

Por isso, deve-se sempre olhar o indivíduo como um todo, isto é, com um olhar holístico, contando com os diferentes recursos terapêuticos como homeopatia, acupuntura, psicoterapia, entre outros para de uma forma natural e saudável, se possa vivenciar esses 50 – 50 e tantos anos, preservando o bom funcionamento fisiológico.

Por Cristiane Richter, Acupunturista, Consteladora Sistêmica Familiar e Psicóloga e Denise Hardt, Terapeuta Homeopata, ambas atendendo no Espaço Vida Centro Terapêutico.

Referências Bibliográficas
Shayla Hayashi. Saiba quais são as principais alterações no envelhecimento. Blog Fisioterapia . Acessado em 18/01/2021.
THOMAZ, M. C. A. Conceitos de geriatria e gerontologia: o envelhecer. Apostila da pós-graduação, 1ª edição.
ZIMERMAN, G.I. Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto Alegre. Artes Médicas Sul, 2000.

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